PRESIDENTE DA ACIC RELATA PROJETO DA FERROVIA NA FIESC
O presidente da Associação Comercial e Industrial de Chapecó (ACIC), Lenoir Broch, participou nesta quinta-feira (30) de reunião virtual da Câmara de Desenvolvimento da Agroindústria da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC), que discutiu a logística de grãos em Santa Catarina. Também participaram o diretor de Logística de Grãos da Seara Alimentos, Arene Trevisan, o pesquisador do Cepa, Haroldo Tavares Elias, a presidente da Câmara, Irani Pamplona Peters, e outras lideranças do agronegócio do estado.
Broch relatou sobre o projeto da Nova Ferroeste, que prevê a ligação de Maracaju, no Mato Grosso do Sul, ao Porto de Paranaguá, no Paraná, com um ramal ao oeste de Santa Catarina e outro a Foz do Iguaçu, no Paraná, impactando diretamente 67 municípios. A consulta ao edital de leilão foi aberta pelo Governo do Paraná no último dia 21.
O presidente da ACIC explicou que para estimular investidores a se interessar pelo ramal Chapecó-Cascavel um grupo de entidades catarinenses - Sindicarne/Acav, Acic, CEC, Faesc, Fiesc, Facisc e Ocesc, além da ABPA - desembolsou 750 mil para pagar o estudo de viabilidade econômica, técnica e ambiental para demonstrar as condições do empreendimento. Enfatizou a importância dessa ferrovia para escoamento da produção e para o transporte de matérias-primas para garantir o desenvolvimento e a competitividade da região oeste catarinense.
As agroindústrias de Santa Catarina são responsáveis por mais de 60 mil empregos diretos e mais de 480 mil indiretos, por 31% do Produto Interno Bruto (PIB) e por 70% das exportações do estado. Geram R$ 3,4 bilhões em movimento econômico, abatem 34 mil suínos por dia e mais de 3 milhões de aves/dia. O estado é maior exportador de aves e suínos do Brasil, também é o maior produtor de suínos e detém a vice-liderança na produção de aves.
Porém, a insuficiente produção catarinense de milho e farelo de soja para alimentar a agroindústria da carne obriga o Estado a importar cerca de 5 milhões de toneladas do centro-oeste brasileiro e, suplementarmente, do Paraguai e da Argentina - com imensas despesas com o transporte.
01/07 • 10h00