Caroline Dallacorte avalia perfil inovador de Chapecó
Chapecó tem um perfil empreendedor forte e isso conduz ao perfil inovador. As pessoas buscam oportunidades e querem fazer novos negócios, o que acaba envolvendo tecnologia e inovação. Todos esses aspectos ajudam o município a evoluir como ecossistema de inovação. A afirmação é da diretora de Inovação e Empreendedorismo da ACIC, Caroline Dallacorte.
De acordo com Caroline, o grau de maturidade do ecossistema inovador de Chapecó tem avançado. “Nos espelhamos em ecossistemas tanto de Santa Catarina quanto de outros Estados. Precisamos valorizar
cada vez mais as ações que são realizadas entre as instituições, sejam elas de ensino, as empresas e o poder público”, frisa. Para a diretora, a relação entre esses elos, os eventos, networking e as atividades que são
realizadas em conjunto ajudam a fortalecer o ecossistema. “Temos, porém, que divulgar cada vez mais o que está sendo realizado para as pessoas conhecerem, pois muitas vezes algumas ações são descentralizadas ou
as pessoas não têm informação e acabam não entendendo todo o potencial que temos como ecossistema”.
Segundo dados de uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Startups (ABStartups), Chapecó figura entre as principais cidades que vem apostando em startups. Está entre as 15 cidades brasileiras com
o maior número de startups. A pesquisa também analisou as cidades brasileiras com maior densidade de startups, ou seja, aquelas que têm o maior número per capita desta modalidade empresarial. Chapecó está na
segunda posição no ranking nacional, sendo a segunda cidade brasileira com mais startups proporcionalmente à população. “Isso mostra que as pessoas estão buscando desenvolver a inovação e novas soluções que
ajudem a resolver problemas do dia a dia”, observa Caroline.
A diretora da ACIC reforça que a inovação veio para ficar e que não se trata mais de um diferencial para as empresas, mas um requisito para que possam crescer. Para que o desenvolvimento seja mais eficiente,
salienta que é importante que as ações sejam realizadas em conjunto. Caroline também explica que para um ecossistema de inovação existir, alguns setores são estratégicos: é necessário ter as empresas e que elas
mostrem suas demandas, buscando melhorar seus processos e aplicar inovação; o poder público precisa impulsionar a iniciativa privada a inovar; e as universidades contribuir com pesquisa, desenvolvimento e com
a aplicação didática, com metodologia, para garantir resultados positivos. “As ações devem ser realizadas em conjunto por esse ecossistema, pensando sempre em tecnologias avançadas e inovações que tragam
um diferencial. Afinal, é isso que as principais inovações resolvem problemas e ajudam a facilitar o nosso cotidiano”.
Para inserir novos atores no ecossistema, é fundamental incentivar a participação em eventos, ampliar o networking e se comunicar. “Aprendemos sobre o tema estando onde ele é pauta, além de aplicar nas
empresas”, reforça Caroline. Os interessados podem procurar a Diretoria de Inovação e Empreendedorismo da ACIC para esclarecimentos. “Estamos à disposição para ajudar a compreender mais essa temática,
inclusive em outubro lançaremos um evento que vai contribuir nesse processo”, adianta.
DESAFIOS E PERSPECTIVAS
A diretora da ACIC comenta que os principais desafios do setor são as pessoas e as empresas com visão mais tradicional conseguirem enxergar a aplicação da inovação dentro dos seus processos, além da compreensão que inovação não é algo totalmente disruptivo. “Pode ocorrer no processo, ser algo simples, do cotidiano, mas que pode fazer a diferença e causar impacto. Então, acredito que o desafio é trazer mais informações”,
salienta.
Quanto às perspectivas, a visão de Caroline é alavancar os negócios e crescer regionalmente. “Esse é o intuito: mostrar a força que Chapecó tem para conseguir conduzir todas essas ações”, enfatiza, ao acrescentar a importância das pessoas refletirem sobre o tema e como aplicam inovações que que já são utilizadas no dia a dia.
26/09 • 09h58